Destaque da Semana #16 – Kiyomi Nakagawa

Kiyomi Nakagawa - xxxxx

A prática desportiva entre a comunidade Nipo-Brasileira tem caráter de integração e a manutenção da identidade cultural desde os primeiros imigrantes. Ou seja, o esporte é uma das ferramentas na formação da disciplina, concentração e espírito de equipe, não esquecendo a diversão e a qualidade de vida que proporciona. Com dedicação, esforço e treino, é natural que alguém se destaque, e no atletismo, uma das principais atletas é a Kiyomi Nakagawa Suzuki.

Durante a sua carreira representou Brasil em cinco Campeonatos Sul-Americano consecutivos, todas na prova do Lançamento de Dardo:

  • 1965 (Rio de Janeiro, Brasil): aos 19 anos de idade conquistou a sua primeira medalha de ouro com marca de 41,51m, tornando-se a atleta mais jovem a vencer esta prova até aquela data;
  • 1967 (Buenos Aires, Argentina): volta a conquistar medalha de ouro com marca de 40,30m;
  • 1969 (Quito, Equador): conquista medalha de bronze com marca de 41,02m;
  • 1971 (Lima, Peru): conquista medalha de prata com marca de 42,42m;
  • 1974 (Santiago, Chile): na sua última participação fica na 4ª colocação com marca de 41,54m.

O ano da sua primeira conquista Sul-Americana teve outros dois significados marcantes na sua carreira:

  • sucedeu a chilena Marlene Ahrens, medalhista de prata na Olimpíada de Melbourne (1956), vencedora das quatro edições anteriores (1956, 1958, 1961 e 1963);
  • neste mesmo ano estabeleceu novo recorde brasileiro, superando a marca de 43m [1].

Já na categoria Masters, ela recorda que não tinha lugar adequado para treinar, mas manteve seu condicionamento físico praticando Softbol [1]. Mesmo assim, não desistiu do atletismo e com a experiência acumulada ao longo da sua carreira esportiva, obteve resultados expressivos, com destaque na prova do Lançamento de Dardo (implemento de 500g) no Sul-Americano de 1998 (Porto Alegre) quando alcançou a marca de 30,28m na categoria W50. Também, participou de outras edições do Sul-Americano (2000, 2006) e do Troféu Brasil (2003 e 2007).

Nunca pôde participar e representar o Brasil em Campeonato Mundial Masters. Mas isto é indiferente frente as suas brilhantes conquistas que, sem dúvida, são de grande orgulho para a comunidade Nipo-Brasileira.

Fontes:

[1] https://www.folhadelondrina.com.br/esporte/acel-e-pioneira-no-atletismo-em-londrina-928861.html?d=1

[2] https://atletismosudamericano.org/libros/campeonatos-sudamericanos-de-atletismo-el-historial/

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